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Eurofagia

“Assim, porque tu és morno, e não és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.” Apc. 3:16

18/03/2025 às 15h33
Por: Redação
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Eurofagia

A igreja brasileira está na mira da retrocristianização. Será inevitável a cristianização daqueles que um dia foram evangélicos. Esse é um fenômeno que ocorreu na Europa, e agora caminha em direção às Américas.

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Demoramos muito para atender o pedido de socorro da igreja na Europa, concernente a revitalização das comunidades cristãs. Este continente que um dia foi o berço do protestantismo e celeiro missionário, hoje, é alvo da ação missionária das comunidades cristãs ativas em todo o mundo. Infelizmente, a chegada dos missionários nos países nórdicos pode ter sido tarde demais.  A igreja europeia foi devorada e consumida por forças internas e externas nocauteando o seu vigor espiritual.  Agora, somente a intervenção divina será capaz de restituir a crença em Deus, a dependência do Espírito, o apego às escrituras e o desejo de amar Jesus sobre todas as coisas. Provavelmente, nas próximas décadas, o declínio da crença continuará sendo maior que o temor a Deus. A Europa é, sem dúvida, um grande e vasto campo missionário para os próximos 100 anos.

A igreja brasileira está seguindo a mesma sina da igreja europeia. A Europa levou entorno de 600 anos para se secularizar, nós temos cometido os mesmos pecados nos últimos 30 anos. A pergunta não é se a igreja brasileira vai cair, mas o quanto dela vai sobrar em sua queda.  Será que os remanescentes, um dia, clamarão por missionários em suas terras?

A Igreja brasileira não suportará a falta da ação missionária preventiva por aqui. Não podemos cometer os mesmos erros vistos na Europa. Se não soubermos defender a nossa fé e a clara compreensão das doutrinas bíblicas, estaremos caminhando para a total descrença. Nossa força missionária não pode achar que, aqui no Brasil, é desnecessário, ou mesmo, absurdo, pensar em retro-evangelizãcão das comunidades cristãs. As agências missionárias devem estar atentas aos sinais de apostasia da igreja brasileira.

 

A necessidade de evangelizar os crentes por aqui é iminente, pois já temos milhares de pessoas folgadamente convivendo nas comunidades cristãs, mas sem a experiencia do novo nascimento. Por uma questão de maioria religiosa ativa, ou por segurança nas comunidades do bem, ou pelo positivismo pregado e incentivado, viver junto à igreja se tornou um abrigo para os não convertidos. Mas não quer dizer que Jesus é Senhor absoluto sobre suas vidas.  Por que o evangelicalismo brasileiro pede socorro? Porque estamos seguindo as mesmas rotas percorridas pela Europa:

·       Plantação de igrejas

·       Crescimento denominacional

·       Reserva missionária

·       Euforia cultual  

·       Prepotência religiosa

·       Banalização do culto e fé

·       Apostasia

O item que sinaliza a derrocada da fé é exatamente aquele que nos faz popular, a euforia cultual. É um sentimento que ninguém mais nos atrapalha, que Jesus será o Senhor do país, que o nosso louvor agrada a Deus. Ledo engano! Veja bem, Deus requer de nós ousadia na propagação do seu reino, mas, coragem, sem humildade, é prepotência. E esse é um perfil que se assemelha a Lúcifer, e Deus se opõe a tudo e a todos que desejam percorrer o caminho do mal, mesmo que sejam membros do seu próprio corpo.  

A retro-evangelização da igreja brasileira o quanto antes acontecer, melhor. Não podemos permitir ou nos iludir com o fervor religioso dos brasileiros e igrejas superlotadas, mas que, na sua maioria, frequentadas por pessoas que buscam bênçãos, contudo desprezam a salvação.  O caminho da apostasia inicia com o sentimento que, preciso de Deus para chegar aos meus objetivos, mas sem a obrigação de servi-lo.  Eles desejam o que Deus tem, mas rejeitam para suas vidas o que Deus é!

Nossa realidade pode ser lida. O fenômeno do supercrescimento tem uma mensagem subliminar que precisamos decifrar. O aumento explosivo de alguns movimentos eclesiásticos levará à falência das pequenas comunidades. Outrossim, o aumento numérico dos membros em um só lugar ou espaço, excluirá a funcionalidade pastoral, ou seja, não haverá pastoreio efetivo desses agregados. Consequentemente, experimentaremos o caldo amargo do esfriamento da fé mediante um contingente sem pastor (desigrejados?).   Provavelmente, o fenômeno religioso abraçará aqueles que querem a Jesus, mas sem a obrigatoriedade litúrgica ou de devoção congregacional.

O que devemos fazer para tentar fortalecer os poucos genuinamente evangélicos?

·       Os pregadores se reportarem aos assuntos doutrinários e abandonar o triunfalismo que as massas esperam.

·       Implantar um disputado dinâmico e bíblico que alcance todos os membros da comunidade.

·       Desaparecer o show nos cultos, voltarmos para a simplicidade e valorizar a vida pia no dia à dia.

·       A cristologia presente sem limites nas músicas, nos escritos, nos temas, nos congressos…

·       Termos um preparo teológico mais voltado a realidade da igreja, um tempo de curso mais duradouro e investirmos mais em professores.

·       Valorizarmos aquelas atitudes, dons ou talentos que, não se praticam dentro de quatro paredes, nem em ambiente de culto.

·       Conscientizarmos os crentes a fazerem do seu espaço domiciliar, um campo missionário.

A verdade é uma só: quando o mundo canta nossas músicas, se motiva com as nossas pregações, frequenta nossos encontros e reuniões, mas não abandona os seus maus caminhos, quem precisa de salvação é a igreja! É ela que está morna, e é ela que será vomitada da boca de Deus. Por isso, quanto mais cedo admitirmos os nossos fracassos, mais certa e equilibrada serão as nossas ações. Se desconsiderarmos, por causa do orgulho e prepotência brasileira evangélica, é só olharmos para a história da igreja na Europa e ver para aonde estamos indo. O tempo áureo da igreja brasileira já passou, agora é só ilusão cultual. Quando a fé não se transforma em humildade e serviço, o que resta é só mornismo. Só para lembra: não foi o mundo que fez a cristandade europeia esfriar, foi Jesus que enjoou dela!

  • O pastor Wilson Guimarães atualmente desenvolve um ministério itinerante com palestras teológicas e aconselhamento pastoral. Tem um currículo que o precede, sendo Especialista em Aconselhamento pastoral pelo CPPC (Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos), além de ser Bacharel em Teologia e Exegética, além de possui Especialização em Missões; Especialização em Educação Religiosa; e Especialização em Ministério Integral.
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