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Não existe aliança entre lobos e ovelhas

“…depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho.” Atos 20:29

13/03/2025 às 06h26
Por: Redação
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Não existe aliança entre lobos e ovelhas

Naturezas distintas, hábitos opostos. Um é feroz e selvagem, o outro, manso e dócil. Um é caça, o outro, predador.  Um, motivado por sangue, o outro, dependente da manada. Um, aguçado na visão e olfato, o outro, dependente do pastor. Estamos falando da rivalidade entre lobos e ovelhas.  Os dois não podem coexistir harmoniosamente, não há paz e equilíbrio entre os dois. Não há aliança entre lobos e ovelhas.

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A alcateia detecta no ar o cheiro de carne fresca. Há um pequeno rebanho de ovelhas pastando na pradaria. Rapidamente se desloca em direção à presa. Sutilmente, observam o movimento das ovelhas com o objetivo de detectar indivíduos fracos, doentes e pequeninos filhotes. Entre os lobos, há um frenesi, salivação entre os dentes e muita disposição em dilacerar carne. Cruéis e sanguinários esperam destroçar as inofensivas ovelhas. Do ponto de vista dos lobos, será um ataque preciso e rápido, sem dó ou piedade.

No vale, as ovelhas pastam sossegadas e displicentes. Filhotes correm e brincam junto aos seus pais. Alguns, deitados remoendo, ou, simplesmente, descansando. Há uma tranquilidade eterna junto ao rebanho.  Desatentos, não percebem que há um ataque iminente em andamento. A pacificidade das ovelhas potencializa a ferocidade dos lobos. 

Em um círculo mortal, os lobos famintos cercam o rebanho. Latidos e balidos se misturam em uma batalha campal. Indefesas, as ovelhas correm para todos os lados. Estrategicamente os lobos fecham as principais saídas. Carneiros e ovelhas mais fortes deixam para trás os vulneráveis e os fracos cordeiros.  O barulho do ataque dá lugar a um silêncio macabro. Enquanto o rebanho se recompõe, os lobos se banqueteiam em uma cena de horrores. Um rastro de sangue e vísceras demarcam o local da batalha.

Por que o rebanho não estava atento, visto que o ambiente era hostil?  É que, na companhia dos homens, as ovelhas passaram a depender da presença dos pastores. São eles os olhos e ouvidos das indefesas ovelhas.  A integridade física das ovelhas depende da total imersão do pastor junto ao rebanho.  Se o pastor dormir, se ausentar ou mesmo enfraquecer, todo o rebanho estará vulnerável ao ataque dos lobos.  O lugar mais seguro para uma ovelha é ao lado do pastor e o lugar mais desafiador para o pastor é permanecer junto ao rebanho. Se o pastor não estiver disposto a enfrentar lobos, ser surpreendido por ataques e abrir feridas em si mesmo, com certeza ele é mais um oportunista mercenário. Não basta ter um rebanho é preciso ser vocacionado para pastorear.

Pastorear é afugentar lobos.

·       A voz do pastor orienta o rebanho, mas também desorienta os lobos.

·       A presença do pastor aquieta o rebanho, mas também impede a aproximação dos lobos.

·       O cajado do pastor socorre o rebanho, mas também fere os lobos

·       Os braços do pastor protegem o rebanho, mas também matam os lobos.

Portanto é certo pensar que, quando o pastor poupa os lobos, automaticamente, sacrifica as ovelhas.

Os lobos representam os predadores, os agressores ou os que buscam vantagem sobre os outros, enquanto as ovelhas representam as vítimas, os inocentes ou os que são dependentes do pastor.

Essa metáfora é frequentemente usada para descrever situações de exploração, opressão ou abuso de poder, em que os "lobos" se beneficiam às custas das "ovelhas".

Infelizmente há “lobos” no universo da igreja.  Lobos são membros que não se converteram e receberam permissão para crescer e interferir no vigor espiritual da igreja.  Quem deixou de pastorear, ao ponto, de permitir que lobos convivam com as ovelhas do Senhor?

·       Quando os lobos assumem a música, cessa a adoração no culto.

·       Quando os lobos assumem o púlpito, fragmenta-se a exposição bíblica.

·       Quando os lobos assumem os cargos e atividades, cessa o voluntariado.

·       Quando os lobos crescem e prosperam na comunidade cristã, a carnalidade sufoca a santificação.

Portanto, uma comunidade que tem que lidar constantemente com lobos, o que se houve são uivos, uivos, uivos transformando à congregação de Cristo em covil de malfeitores. Quando isso acontece, só resta buscar a face do sumo pastor e clamar: “Senhor, Senhor, que seu povo ore e lute, lute e ore até que fracos cordeiros se transformem em fortes leões. Amém!”

  • O pastor Wilson Guimarães atualmente desenvolve um ministério itinerante com palestras teológicas e aconselhamento pastoral. Tem um currículo que o precede, sendo Especialista em Aconselhamento pastoral pelo CPPC (Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos), além de ser Bacharel em Teologia e Exegética, além de possui Especialização em Missões; Especialização em Educação Religiosa; e Especialização em Ministério Integral.
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