Essa história me impactou! Em meados de novembro do ano passado, conheci um profissional talentoso no setor contábil de uma empresa de médio porte. Ele me procurou para conversamos sobre algo inesperado na sua profissão. Ele era competente, detalhista e esforçado, mas enfrentava um grande obstáculo: não sabia lidar com suas emoções.
Era alguém que se irritava facilmente, perdia a paciência com colegas e não aceitava bem críticas. Se algo não saísse como esperado, sua primeira reação era explodir ou se fechar completamente. Esse comportamento começou a afetar seu ambiente de trabalho. Os colegas passaram a evitá-lo, e seu gestor já havia lhe dado alguns avisos.
Até que um dia, o inevitável aconteceu: ele foi demitido. O próprio diretor da empresa foi claro ao dizer que sua postura emocional instável era um problema. Ele saiu dali sentindo-se injustiçado, mas no fundo sabia que havia perdido o emprego por não saber controlar suas reações.
Nos meses seguintes, enfrentou uma crise interna profunda. Sentiu-se incapaz, questionou seu talento e até começou a duvidar de seu futuro profissional. Mas em uma conversa sincera, confessou:
“O problema não era minha competência técnica, mas a forma como eu reagia às dificuldades. Eu precisava mudar.”
Foi então que decidiu dar um passo fundamental: investir no seu desenvolvimento emocional. Começou a estudar inteligência emocional e gestão das emoções, leu livros, participou de treinamentos e buscou terapia para entender seus gatilhos emocionais.
Aos poucos, aprendeu que as emoções não devem ser reprimidas, mas sentidas e compreendidas. Descobriu que poderia transformar sua raiva em resiliência, sua frustração em aprendizado e sua impaciência em empatia.
Depois de alguns meses, surgiu uma nova oportunidade. Ele foi chamado para trabalhar em outra empresa, mas desta vez, com uma nova mentalidade. Agora, sabia respirar antes de reagir, ouvir antes de retrucar e analisar antes de explodir.
Seu crescimento foi tão notável que, em pouco tempo foi promovido a coordenador do setor contábil. Além de ser reconhecido pelo seu talento técnico, passou a ser admirado por sua capacidade de liderança e equilíbrio emocional.
Hoje, quando conversamos, ele sempre me diz:
“Se eu não tivesse aprendido a gerenciar minhas emoções, provavelmente ainda estaria frustrado e pulando de emprego em emprego. Agora, tenho equilíbrio, sei liderar e sou respeitado pelo que faço.”
Se há algo que aprendi com essa história, é que não importa quão talentoso você seja—se não souber controlar suas emoções, seu talento pode nunca alcançar seu verdadeiro potencial.
Agora, eu te pergunto: suas emoções estão te impulsionando ou te sabotando na sua jornada profissional?