Deus não necessita absolutamente de nada. Ele é o criador e sustentador de todas às vidas existentes. Por isso não se interessa em nada que temos, porque o que possuímos veio dele, por ele e para glória dele.
Concernente as ofertas materiais, o critério divino não tem a ver com quantidade, mas com desprendimento. Oferecer a Deus tudo, do pouco que tem, é reconhecê-lo como provedor e sustentador da vida. Neste relacionamento de gratidão ao criador, ele não somente aceita, como também retribui, acima das nossas expectativas, o “tudo” que lhe oferecemos. Quem oferta a Deus tudo, do pouco que tem, não está barganhando, mas transformando a sua existência em um hino de louvor a Ele. Ser dependente de Deus vai além da expectativa de comer e vestir.
O que está sendo avaliado na atitude do ofertante, não é a quantidade ou valor monetário, mas o prazer e o privilégio de ainda ter condições de não se aproximar de Deus com as mãos vazias. Quem dá tudo, do pouco que tem, está reconhecendo, que, mais importante que as coisas, é a presença do Eterno. A intenção é muito significativa, pois o ofertante, com este gesto, está afirmando que pode lhe faltar o que comer ou vestir, mas sob hipótese nenhuma a bênção do cuidado divino sobre a sua vida. Ele não vive pelo que come ou veste, mas pela graça divina.
Observe, a viúva pobre do texto acima, não ofertou somente duas moedas, mas todo o recurso que tinha; ela ficou completamente descapitalizada.
· Duas moedas para Deus são mais importantes que um tesouro.
· Duas moedas para Deus é a diferença entre ter muito e temer muito.
· Duas moedas para Deus são suficientes para o sustento de sua casa.
· Duas moedas para Deus são suficientes para transformar qualquer pobre na pessoa mais rica da terra.
· Duas moedas para Deus é a razão perfeita para responder qualquer oração feita a Ele.
Por isso que não podemos avaliar, ou negligenciar, o valor de uma oferta pequena perante Deus, pois dar tudo, do pouco que tem, não é um gesto de alguém casuístico ou interesseiro, mas de um filho que reconhece a paternidade celestial. Não é alguém que conhece a Deus de ouvir falar, mas de com Ele andar. A grande lição da oferta da viúva pobre é que, se os corações forem negligentes com as coisas pequenas jamais lidarão com as grandes. Menos é mais no reino de Deus. E isso é óbvio. Porque, quem não consegue ofertar a Deus o tudo, do pouco que tem, também não tem condições de lidar com farturas sem corromper a fé. Doar o que sobra não é devoção, é sim, dor de consciência de quem ama tudo o que tem. O teste do mínimo revela a grandiosidade da fé, ou denuncia, a decadência dela.
Geralmente é assim, quem muito tem, muito retém. Quem oferta a sobra ainda guarda para si o principal intocável, como se fosse a sua segurança ou governabilidade, mas esquece que a vida é cheia de surpresas, e aquilo que hoje dá segurança, pode, perfeitamente, desaparecer como vapor amanhã. Economia, saúde e prestígio são situações que evaporam no piscar de olhos. E quando este dia amargo chegar, a falta de dependência de Deus e o pouco exercício da fé, levará o crente a um fim trágico. É melhor começar oferecendo o tudo para o Eterno hoje para amanhã não precisar começar do zero, sem forças, sem motivação, e o pior, sem Deus! Deus não julga nossas ofertas pelo valor, mas pelas intenções dos nossos corações. Deus não é subornável!