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Do Arado ao Tablet: Onde Estão os Valores que Nossos Pais Construíram?

09/08/2024 às 11h47
Por: Redação
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Do Arado ao Tablet: Onde Estão os Valores que Nossos Pais Construíram?

Na década de 1950, muitos pais que hoje têm 60, 70 ou 80 anos de idade, chegaram a Quatro Pontes e à região Oeste do Paraná, vindos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Eles eram parte de grandes famílias que, com coragem e determinação, acreditaram no potencial deste chão. Os desafios que enfrentaram são difíceis de imaginar nos dias de hoje, mas são parte essencial da nossa história.

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Naquela época, a vida era marcada por uma simplicidade que muitos de nós jamais experimentamos. As crianças iam para a escola a pé, muitas vezes enfrentando quilômetros de caminhada em dias de frio, calçando chinelos. A educação era diferente, os professores eram rígidos e os pais não hesitavam em disciplinar de forma severa. Quem não obedecia, apanhava. Hoje, essa abordagem é motivo de debate; alguns defendem a disciplina rígida, enquanto outros preferem métodos mais brandos. Mas quem está certo e quem está errado?

As brincadeiras eram ao ar livre, onde a liberdade e a criatividade reinavam. As crianças pescavam nos riachos, jogavam bola nos potreiros e comiam bergamota diretamente do pé. Era uma época em que os melanciais e milharais dos vizinhos precisavam se cuidar! A vida era simples, mas carregada de trabalho duro e valores sólidos. Os filhos aravam o chão, trabalhavam na terra, e cada um tinha seu papel na família. As famílias eram grandes porque cada par de mãos contava, e todos precisavam trabalhar duro. Lembro de meu pai falar, que ele tinha de atravessar a roça com um balaio de mandioca nas costas!

Hoje, as gerações são diferentes. As crianças têm menos responsabilidades e mais conforto. A tecnologia invadiu a infância, e as atividades ao ar livre foram, em grande parte, substituídas por jogos digitais. Os valores familiares mudaram, e com eles, a maneira como educamos nossos filhos.

Mas o que podemos aprender com aqueles tempos? Podemos voltar no tempo? Não. Mas podemos resgatar o espírito de resiliência, de trabalho em equipe e de valorização da família que guiou nossos pais e avós. Podemos ensinar nossos filhos a respeitar o esforço e o sacrifício, a valorizar o que têm, e a entender que, às vezes, é o trabalho duro e a disciplina que constroem o caráter.

Aos pais que deram um duro danado para criar seus filhos, que enfrentaram dificuldades inimagináveis e que nunca desistiram, deixamos nosso reconhecimento e gratidão. Vocês são exemplos de coragem e determinação. Que seu legado inspire os pais de hoje a educar com amor, mas também com a firmeza necessária para formar cidadãos que valorizem a família, o trabalho e o respeito ao próximo.

Que possamos aprender com o passado e construir um futuro onde os valores essenciais da vida em comunidade, do respeito à natureza e da importância da família sejam sempre lembrados e cultivados.

Feliz dia dos Pais, em especial ao meu paizão Afonso.

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