O que prova o real potencial de uma comunidade cristã? Seu número expressivo? A capacidade de gerenciar recursos? A capacidade para apresentar algo novo? A quantidade de festas que oferecem? O estilo de culto moderno? Não! O maior testemunho da relevância de uma comunidade é a coragem de enfrentar gigantes, cara a cara, no campo de batalha. É no calor da batalha que a quantidade (quem está conosco) e a força (o que podemos fazer) são postos à prova! Os confrontos tem a capacidade de nos fazer heróis ou revelar o covarde que habita em nós.
Manasses e Efrain, duas tribos descendentes de José, reivindica o direito de possuírem mais terras, pois se achavam grandes e expressivos e com tão pouco território. Queriam mais. Josué entendeu a reivindicação dos filhos de José, mas impôs uma condição: teriam que conquistar sozinhos uma maior porção de terra! Se eles desejavam tanto o que estavam reivindicando, teriam que, necessariamente, enfrentar os gigantes que habitavam nos bosques, senhores das rodas de ferro, que viviam nos bosques vizinhos as suas terras. Em outras palavras: “Querem? Então vão conquistar!” Josué deu a eles a oportunidade de provarem o quanto eram fortes e numerosos. Não basta falar, é necessário provar!
Uma comunidade de valor apostólico não é aquela que é festeira, cultual, nem refém de atividades templocêntricas, mas a que tem coragem de enfrentar “gigantes” no campo aberto, longe de suas fortificações. Fortes são aquelas comunidades que rejeitam viver em sua zona de conforto, preferem sentir o odor do inimigo a viver embriagadas em suas próprias fragrâncias. Libertar gadarenos, confrontar Herodes, libertar cativos, atender samaritana, multiplicar pães e peixes, não são tarefas que agradam comunidades religiosas. Na verdade, essas atividades são tão perigosas, que somente aqueles que nasceram de novo é quem pode atende-las! A fé que temos não pode ser comparada a uma rede macia e segura, para dormimos e sonharmos, mas sim, um corredor escuro e sombrio que temos que passar! O que não sabemos na prática é, quantos, dos nossos membros, realmente, são novas criaturas em Cristo Jesus? Pois, Andar pelos vales da sombra e da morte é um exercício espiritual que se faz longe dos templos e dos cultos e, para isso, necessitam ser genuinamente uma comunidade de Nazarenos! Ministérios que atraem os outros apenas com programações dominicais, estão longe da rota e das pegadas deixadas por Cristo! Essas conveniências templocêntrica pode nos levar a aceitar um infame acordo de paz com o rei dos terrores. Destruir as portas do inferno exige-se um comprometimento com a causa do filho de Deus e isso não se faz enclausurados em fortificações templárias. O que define uma comunidade saudável não é o quanto de membros ela tem, mas o quanto se eles se expõem no vale da sombra e da morte! O que define uma comunidade forte é:
Josué decifrou o pedido dos descendentes de José: "eles queriam mais terras, sem perder a tranquilidade e com menos esforço". Na verdade, esqueceram a mensagem deixada pelo patriarca José: "só tem o direito de se refrescar junto aos jardins palacianos de faraó, aquele que suportou as infernais masmorras claustrofóbicas do Egito".
Percebam, igrejas maiores e mais fortes, não tem a ver com quantidade, mas com serviços que revelam a pessoa de Cristo ao mundo. A grandeza e a importância de uma comunidade cristã não está no culto que oferece, mas na praticidade de sua fé, junto à comunidade, onde ela se revela como servidora.