
(Foto: Reprodução/BandaB)
MARECHAL CÂNDIDO RONDON – Um ano depois da morte do gerente comercial Fábio Royer, de 42 anos, o mistério parece estar sendo desvendado. A polícia descobriu que Fábio estava sendo extorquido até pouco tempo antes de morrer.
Ele foi encontrado carbonizado no banco traseiro de seu próprio carro, no dia 18 de julho, em uma área de mata em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. O gerente comercial de uma loja de móveis no bairro Batel, na capital, havia desaparecido dois dias antes, no dia 16 de junho, quando saiu de casa, no bairro Bacacheri, após dizer à esposa que iria até a farmácia comprar bombinha de asma para o filho.

(Foto: Reprodução RIC TV/Record)
EXTORSÃO
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Thiago Nobrega, a investigação sobre o assassinato de Fábio Royer precisou da quebra dos sigilos bancários e telefônico da vítima, o que atrasou a averiguação, já que muitas dessas empresas demoraram para encaminhar o retorno à Polícia Civil. Agora, com os documentos já recebidos, foi possível descobrir que Fábio estava sendo extorquido até pouco tempo antes de morrer.
A RICTV/Record TV teve acesso exclusivo a alguns extratos bancários e cópias de transações feitas por Fábio Royer e divulgou em sua programação, mostrando que uma delas, no dia 9 de março de 2018, o gerente transferiu R$ 14.940,00 para um conta registrada no interior do Piauí, no nordeste do País. Uma segunda operação, feita uma semana antes do crime, mostra uma transferência de R$ 4 mil para uma conta do interior do Paraná. A família da Fábio não soube falar à polícia quem pode ter sido beneficiado com esses pagamentos.
FRAUDE
Além disso, a polícia descobriu que Fábio levantou dinheiro, inclusive, por meios ilícitos. Na empresa onde trabalhava, o gerente teria desviado pelo menos R$ 5 mil, duas semanas antes de morrer, ao fraudar uma nota de pagamento de serviço. “Todo esse dinheiro, tanto oriundo de desvios quanto oriundo de empréstimos foram destinados a pagamentos de extorsões. O que a gente agora está procurando é identificar os destinatários, qualificar os destinatários dessas quantias pra poder, de algum modo, vinculá-los a nossa investigação e, provavelmente, a autoria do crime”, declarou o delegado.

(Foto: Reprodução RIC TV/Record)